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Alzheimer, conheça um pouco mais ….

O que é Alzheimer?

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.

Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.

IMPORTANTE: A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

Quais são os sintomas do Alzheimer?

O primeiro sintoma, e o mais caracterísitco, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:

  • falta de memória para acontecimentos recentes;
  • repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
  • irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Doença de Alzheimer: causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

Quais são os estágios do Alzheimer?

A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
  • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
  • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
IMPORTANTE: Nos casos mais graves do Alzheimer, a perda da capacidade das tarefas cotidianas também aparece, resultando em completa dependência da pessoa. A doença pode vir ainda acompanhada de depressão, ansiedade e apatia.

Como é feito o tratamento da Doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é incurável. Dessa forma, o objetivo do tratamento é retardar a evolução dos sintomas e preservar pelo maior tempo possível as funções intelectuais da pessoa. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces da doença.

Uma vez iniciado, o tratamento precisa ser reavaliado pelo médico ao completar um mês, mas deve ser mantido obrigatoriamente por um período mínimo de 3 a 6 meses, para que se possa ter ideia da eficácia do tratamento. Enquanto a resposta for favorável, o medicamento, indicado conforme cada caso, não deve ser suspenso, sendo fundamental a tomada diária nas doses e observar os intervalos prescritos. A administração irregular compromete o resultado final.

Numa doença que progressiva nem sempre é fácil avaliar resultados. Esse é o caso do Alzheimer. Por essa razão, é fundamental que os familiares utilizem um diário para anotar a evolução dos sintomas. Como fazer essas análises? Por meio de perguntas simples, com as devidas anotações:

  • A memória está melhor?
  • Os afazeres diários são cumpridos com mais facilidade?
  • O quadro está estável?
  • O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da medicação?

Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento.

Os serviços e tratamentos para a Doença de Alzheimer são ofertados nos Centros Especializados em Reabilitação, que são pontos de atenção ambulatorial especializados em reabilitação que realizam diagnósticos e o tratamento completo para a pessoa com Alzheimer.

Quais são os medicamentos usados no tratamento?

Os pacientes com Alzheimer têm à disposição a oferta de medicamentos capazes de minimizar os distúrbios da doença, que devem ser prescritos pela equipe médica. O objetivo do tratamento medicamentoso é, também, propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

Por isso, no âmbito do Ministério da Saúde, está disponível nas unidades de saúde de todo o país, o medicamento Rivastigmina adesivo transdérmico para o tratamento de demência para Doença de Alzheimer. Este tratamento está previsto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) desta condição clínica, que além do adesivo, preconiza o uso de medicamentos como:

  • Donepezila.
  • Galantamina.
  • Rivastigmina.
  • Memantina.

A rivastigmina já era oferecida por via oral, porém tinha o inconveniente de causar alguns desconfortos gastrointestinais no paciente, como náusea, vômito e diarreia. Para tentar diminuir esses efeitos indesejáveis, foi incorporada essa nova apresentação, que será indicada pelo médico que acompanha o paciente. Além disso, os pacientes com Alzheimer, podem tomar mais medicamentos ou menos que a quantidade prescrita, devido ao esquecimento.

O acesso a esses medicamentos ocorre por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), do Ministério da Saúde, e é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS, caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde.

Sendo assim, para ter acesso aos medicamentos elencados acima, os pacientes devem atender aos critérios de elegibilidade do PCDT e apresentar os seguintes documentos em um estabelecimento de saúde designado pelo gestor estadual:

I – cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS);

II – cópia de documento de identidade, cabendo ao responsável pelo recebimento da solicitação atestar a autenticidade de acordo com o documento original de identificação;

III – Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME), adequadamente preenchido;

IV – prescrição médica devidamente preenchida;

V – documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado; e

VI – cópia do comprovante de residência.

Quais são os fatores de risco da Doença de Alzheimer?

A identificação de fatores de risco e da Doença de Alzheimer em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado dão à Atenção Básica, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.

Alguns fatores de risco para o Alzheimer são:

  • a idade e a história familiar: a demência é mais provável se a pessoa tem algum familiar que já sofreu do problema;
  • baixo nível de escolaridade: pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem uma maior quantidade de estímulos cerebrais.
IMPORTANTE: Quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida.

Cuidados especiais com as pessoas que têm Alzheimer

É necessário seguir algumas dicas e orientações para cuidar de pessoas com Alzheimer, em especial aos pacientes que fazem tratamento em casa (Home Care), ajudando a dar maior conforto e qualidade de vida.

Para evitar quedas em casa

  • Conserve objetos de uso cotidiano sempre no mesmo lugar e com fácil acesso.
  • Evite produtos que deixem o piso escorregadio, além de tapetes e capachos.
  • Deixe os locais de circulação livres.
  • Ilumine todos os cômodos da casa.
  • Evite que o idoso use chinelos e sapatos com sola lisa, desamarrados ou mal ajustados.
  • Eleve a altura das cadeiras, poltronas, camas e vasos sanitários.
  • Utilize corrimão em escadas.

Para diminuir a agitação 

  • Não receba muitas visitas em casa de uma só vez.
  • Evite barulhos, ruídos, sons muito altos e discussões em casa.
  • Evite mudanças bruscas na rotina do paciente.
  • Crie distrações, busque novos assuntos, acaricie e abrace a pessoa.
  • Fale tranquilamente e não discuta com o paciente.
  • Peça ajuda ao médico, caso não consiga acalmar o idoso.
  • Cuidados simples podem aumentar qualidade de vida de pessoas com Alzheimer.

Para evitar desequilibrios na saúde 

  • Busque orientação de um nutricionista sobre a dieta adequada nos diferentes estágios da doença.
  • Mantenha uma rotina de horário e local para as refeições.
  • Varie refeições e as ofereça em pequenas porções em pequenos intervalos.
  • Ofereça em média oito copos de líquidos por dia (chás, água, sucos etc.).
  • Ofereça alimentos com consistência adequada às possibilidades de mastigação.
  • Cuide da higiene bucal e leve o idoso ao dentista periodicamente

Para evitar acidentes no banho

  • Cadeira ou banco para o idoso tomar banho sentado.
  • Barra de apoio ao lado do vaso sanitário.
  • Piso antiderrapante.
  • Suporte de sabonete.
  • Chuveiro ajustável.
  • Alças ou barras de apoio nos boxes.
  • Porta do banheiro sem trincos e sem chaves.

Para uma autoimagem positiva

  • Estabeleça e mantenha uma rotina de asseio.
  • Permita que o idoso cuide de si mesmo tanto quanto possível.
  • Materiais de banho e roupas devem ficar dispostos na ordem de utilização.
  • Enxugue a pele com delicadeza e use hidratantes.
  • Lave e seque os cabelos.
  • Leve o idoso ao sanitário a cada três horas ou intervalos menores.
  • Troque fralda e lençóis sempre após ocorrência de urina ou fezes.
  • Mantenha a cama sempre limpa e os lençóis bem esticados.

Para evitar estresse

  • Não trate a pessoa como uma criança nem fale dela como se estivesse ausente.
  • Cheque aparatos como óculos, aparelhos de surdez e mesmo próteses dentárias.
  • Fale de maneira suave e pausada, transmitindo segurança.
  • Escolha palavras simples, frases curtas e tom de voz amável e tranquilo.
  • Chame a pessoa pelo nome e segure sua mão enquanto conversam.
  • Dê tempo suficiente para respostas a perguntas e demonstre que compreendeu.
  • Evite discutir e dar ordens. Fale sempre no positivo, dizendo-lhe o que pode e o que deve fazer.

Como é feito o diagnóstico da Doença de Alzheimer?

O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue.

O diagnóstico do Alzheimer no paciente que apresenta problemas de memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de visoespaciais, que é a percepção de espaço.

Vale ressaltar mais uma vez que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença.

Como prevenir a Doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica, no entanto os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença.

Com isso, as principais formas de prevenir, não apenas o Alzheimer, mas outras doenças crônicas como diabetescâncer e hipertensão, por exemplo, são:

  • Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa.
  • Fazer exercícios de aritmética.
  • Jogos inteligentes.
  • Atividades em grupo.
  • Não fumar.
  • Não consumir bebida alcoólica.
  • Ter alimentação saudável e regrada.
  • Fazer prática de atividades físicas regulares.

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