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Transtorno Bipolar

Perturbação afetiva bipolar (PAB) (português europeu) ou transtorno afetivo bipolar (TAB) (português brasileiro) é uma perturbação mental caracterizada pela alternância entre períodos de depressão e períodos de ânimo intenso.

O ânimo intenso é denominado mania ou hipomania, dependendo da gravidade ou se estão ou não presentes sintomas de psicose. Durante o período de mania a pessoa comporta-se ou sente-se anormalmente enérgica, contente ou irritável.

Os doentes geralmente realizam decisões irrefletidas ou sem noção das consequências. Durante as fases maníacas a necessidade de sono tende a ser menor. Durante as fases depressivas a pessoa pode chorar, encarar a vida de forma negativa e evitar o contacto ocular com outras pessoas. O risco de suicídio entre as pessoas com a doença é elevado, sendo superior a 6% no prazo de vinte anos. Entre 30 e 40% das pessoas com a condição praticam automutilação. Estão geralmente associados à perturbação bipolar outros problemas mentais, como perturbação de ansiedade e perturbação por abuso de substâncias.

As causas ainda não são totalmente compreendidas, mas tanto fatores ambientais como genéticos têm influência.[2] Muitos genes de pequeno efeito contribuem para aumentar o risco.  Os fatores ambientais incluem antecedentes de abuso infantil e stresse de longa duração.  A doença divide-se em “perturbação bipolar do tipo 1”, quando existe pelo menos um episódio maníaco, e “distúrbio bipolar do tipo 2”, quando existe pelo menos um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo maior. Em pessoas com sintomas menos graves e de longa duração pode-se estar na presença de ciclotimia. Quando esta condição tem origem em problemas médicos é classificada à parte. Podem também estar presentes outras condições, incluindo perturbação de hiperatividade com défice de atenção, perturbações de personalidade, perturbação por abuso de substâncias e uma série de condições médicas.  O diagnóstico não requer exames médicos. No entanto, podem ser realizadas análises ao sangue e exames imagiológicos para descartar outros problemas.[6]

O tratamento geralmente consiste em psicoterapia e medicamentos como os estabilizadores de humor e antipsicóticos. Entre os estabilizadores de humor mais comuns estão o lítio e anticonvulsivos. Em pessoas que são uma ameaça para si próprias ou para outros e que recusam o tratamento pode ser necessário o internamento em hospital psiquiátrico. Muitos dos problemas comportamentais podem ser tratados com antipsicóticos de curta ação ou benzodiazepinas. Durante os períodos maníacos é recomendada a interrupção dos antidepressivos. Quando os antidepressivos são usados durante os períodos de depressão, devem ser administrados em conjunto com um estabilizador de humor. Em pessoas que não respondem a outro tipo de tratamento pode ser considerada a possibilidade de terapia eletroconvulsiva. No caso do tratamento necessitar de ser interrompido, recomendada-se que isto seja feito de forma gradual. Muitas pessoas com perturbação bipolar têm problemas financeiros, sociais ou laborais causados pela doença. Estas dificuldades estão presentes, em média, entre um quarto a um terço do tempo. O risco de morte por causas naturais em doentes bipolares é o dobro do da população em geral. Isto deve-se a escolhas de vida menos acertadas e aos efeitos secundários da medicação.

Estima-se que cerca de 3% da população norte-americana tenha tido uma perturbação bipolar em determinado momento da vida.  Em outros países, a prevalência é menor, chegando a 1%. A idade mais comum em que os sintomas se começam a manifestar é aos 25 anos. A prevalência aparenta ser igual em homens e mulheres. O custo econômico da doença é elevado, estimando-se que seja a causa de 50 dias de trabalho perdidos por ano por doente.  As pessoas com distúrbio bipolar muitas vezes enfrentam o problema do estigma social.

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